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domingo, 16 de novembro de 2014

LADRÃO DE NUVENS



Na última quinta feira de setembro Kall Rgtson, um alemão naturalizado, e o engenheiro Luiz Carbone, apresentaram às autoridades estaduais sua mais nova invenção. Um veículo elétrico adaptado com uma minúscula bateria com autonomia de 24 horas sem limite de quilometragem e dez minutos para recarga total, usando uma revolucionária tecnologia nano chip que promete revolucionar a indústria automobilística no mundo. 

Após a apresentação partiram para o ABC paulista. Atravessaram o centro de São Paulo a caminho da rodovia dos Imigrantes. Ainda encantados com desempenho do protótipo recebiam informações do computador de bordo quanto ao ótimo desempenho do veículo. De repente todo o entusiasmo cessou, uma pane elétrica obrigou-os a parar no acostamento às margens da rodovia. Ao saíram do carro observaram um objeto estranho no céu, uma enorme máquina nunca vista, que sugava as nuvens do céu como um buraco negro.

A nave inchava a medida que aspirava as nuvens, um ruído como um trovão vinha do céu. A máquina passou a balançar desgovernada e iniciou uma queda livre. Carbone ligou para 190 avisando aos policiais que estava acontecendo e foi ridicularizado diante da informação. Outros motoristas que viram o objeto também ligaram, mas não foram levados a sério. O objeto se estatelou em meio às montanhas e da mata virgem. Um grande volume de fumaça e nuvens começou a escapar do objeto, provocando uma enorme neblina que tomou conta da estrada. Carbone insistiu em ligar para as autoridades que demoraram a tomar uma atitude. As nuvens que saiam da nave encobriram a serra do mar. A visibilidade ficou totalmente comprometida. Em poucos minutos estavam diante da maior ocorrência da história das rodovias paulistas. 

Um mega acidente envolveu cerca de 300 veículos e o engarrafamento se estendeu por muitos quilômetros. Houve mortos e feridos. A causa do acidente foi a forte neblina que tomou conta da rodovia dos Imigrantes. ‘’A visibilidade era inferior a 10 metros’’ informou o comandante do 1º Batalhão da Polícia Rodoviária. “Não me lembro de ter visto um nevoeiro tão intenso assim”, comentou. Apesar da situação crítica, autoridades que administravam o Sistema Anchieta Imigrantes foram pegas de surpresa, pois as condições da estrada até então, eram excelentes. Kall e Carbone falavam com a imprensa sobre o ocorrido quando um policial se aproximou convidando-os a lhe acompanhar.

Os engenheiros saíram do local. A neblina só se dissipou três dias depois. Os destroços da máquina acidentada já haviam sido recolhidos sem deixar vestígio. O governo brasileiro em acordo com o governo americano aprovou em caráter de urgência, um financiamento para produção da nova tecnologia automobilística, com o compromisso dos inventores esquecerem o ocorrido. As ligações efetuadas para 190 inexplicavelmente desapareceram. Kall e Carbone foram novamente alertados para não comentarem sobre o acidente, nem tão pouco sobre a aparição daquele objeto.

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